terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ato Público em MG vai marcar oito anos da chacina de Unaí (Fonte: Sinait)

''Está confirmado para a sexta-feira da semana que vem, 27 de janeiro, em Belo Horizonte, o Ato Público organizado pelo Sinait e pela Associação dos Auditores-Fiscais do Trabalho de Minas Gerais - AAFIT/MG, que vai marcar a passagem dos oito anos da Chacina de Unaí. A manifestação será, mais uma vez, em frente ao prédio da Justiça Federal, às 10 horas. O local é simbólico, pois é a origem do processo contra os nove réus indiciados, e também é a instância que deverá conduzir o julgamento.
Cinco réus já podem ser julgados. No ano passado o Superior Tribunal de Justiça - STJ determinou o desmembramento dos processos de Erinaldo de Vasconcelos Silva, Francisco Elder Pinheiro, José Alberto de Castro, Rogério Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda. O processo de Rogério Alan já retornou à 9ª Vara em Belo Horizonte e os demais ainda não. Destes, apenas José Alberto encontra-se em liberdade. Os outros estão presos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Os réus Antério Mânica, Hugo Alves Pimenta e Norberto Mânica, estão em liberdade. Antério é prefeito de Unaí e somente será julgado depois da conclusão do julgamento de todos os outros, e em foro especial. Hugo e Norberto ainda têm recursos pendentes de decisão. A última movimentação processual foram Embargos de Declaração apresentados por Hugo ao Supremo Tribunal Federal - STF em 15 de dezembro de 2011, recorrendo da decisão do órgão de negar provimento ao Agravo Regimental interposto pela defesa do acusado. Ainda não há decisão do ministro Ricardo Lewandowski.
No Ato Público do dia 27 o Sinait vai pedir o julgamento imediato dos réus que já não têm impedimentos. "A sociedade exige o julgamento dos réus", diz Rosângela Rassy, presidente do Sinait, para que, enfim, os culpados sejam punidos.
O Sinait e a AAFIT/MG esperam contar com a presença de muitos Auditores-Fiscais do Trabalho e de sindicalistas neste momento em que o processo teve uma movimentação positiva na direção de que pelo menos alguns réus sejam julgados ainda em 2012.
O crime teve repercussão internacional e até hoje é lembrado como uma grande atrocidade, inserida na lista dos crimes ainda impunes no país. Foi um crime bárbaro, cometido contra agentes do Estado em cumprimento de seu dever, podendo ser considerado, também, como acidente de trabalho.
Os Auditores-Fiscais do Trabalho e as famílias acompanham em agonia as etapas da tramitação dos processos, na esperança de que a Justiça seja feita.''



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