sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Trabalhadores aprovam proposta com 1% de aumento real após mobilização que abre novo momento na história da Copel (Fonte: SINDENEL)



"Por 1.953 votos a 1.350, os copelianos presentes às assembleias realizadas em frente às sedes da empresa nesta quinta-feira (29) pela manhã aprovaram a nova proposta da Copel para o Acordo Coletivo de Trabalho 2012/13.
 Assim, os 13 sindicatos que, unidos, representam mais de 90% dos copelianos, irão assinar o documento, que prevê reajuste salarial de 5,58% retroativo a outubro, pagamento de abono de duas remunerações (com desconto do imposto de renda), aumento real de 1% a partir de maio de 2013 e adoção do divisor 200, em vez do 220, para o cálculo de horas extras, como determina súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
 Além disso, não haverá desconto nos salários dos milhares de copelianos que aderiram à paralisação do último dia 22.
 A aprovação da proposta encerra as manifestações que, pela primeira vez em 23 anos, levaram os copelianos a cruzar os braços e protestar contra a direção da empresa. Essa postura dos trabalhadores foi determinante para que conseguíssemos arrancar, com muita luta, uma proposta um pouco melhor para nosso ACT.
 Comprovamos que, unidos, somos fortes, temos valor e não aceitamos mais que nos empurrem à força uma proposta que não satisfaça nossa expectativa. Se não chegamos ao que considerávamos ideal, é inegável que obrigamos a direção a rever sua “proposta final”.
 E seguiremos unidos. O ACT 2012/13 marca o início de um momento histórico para os trabalhadores da Copel. Queremos mais, e seguiremos unidos e mobilizados em busca disso.
 Por fim, deixamos um apelo aos diretores da Copel e ao governo do estado, que durante quase toda a campanha salarial mantiveram uma postura inflexível perante os trabalhadores. Leiam os comentários postados pelos copelianos neste blog e em nossas redes sociais. Neles, fica clara a insatisfação dos copelianos perante seus comandantes e as condições de trabalho na empresa.
 São recados claros, por vezes rudes, de que não há mais espaço para truculência e pouco caso. Os trabalhadores sabem que são responsáveis pela história de sucesso da empresa, e exigem o mesmo respeito que recebem os acionistas. Esperamos que, ao admitir que era possível melhorar a “proposta final” com um aumento real de 1%, a partir de maio, a direção da Copel esteja dando um (ainda tímido) passo nessa direção."


Turma exclui adicional de periculosidade dos cálculos da remuneração mínima da Petrobras (Fonte: TST)

"A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho acolheu recurso de empregado da Petrobras (Petróleo Brasileiro S/A) e determinou a exclusão do adicional de periculosidade do cálculo da Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR) da empresa. Para o ministro Augusto César Leite de Carvalho, relator do processo na Turma, embora todos os operários devam receber o tratamento salarial similar às suas funções, deve haver diferenças quando são submetidos a situações adversas de serviços, que afetam tempo de descanso, alimentação, sono, lazer, etc.
O acordo coletivo de trabalho (ACT) firmado em 2005 entre a empresa e a Federação Única dos Petroleiros, estabelece que a RMNR é um valor salarial mínimo a ser pago pela empresa para empregados de um mesmo nível e região. Os empregados que recebem remuneração menor do que a RMNR ganham um complemento para que alcancem o valor do patamar mínimo.
Como a Petrobras incluía no cálculo da compensação da RMNR o adicional de periculosidade, o empregado ajuizou ação trabalhista para a exclusão desse adicional, e outros, pois a empresa estaria pagando um valor menor que o correto. Tese não aceita pela 5ª Vara do Trabalho de São José dos Campos (SP) no julgamento inicial do processo.
Em sua decisão, o juiz destacou que a cláusula 4ª do termo aditivo ao ACT 2005/2007 determina a mesma compensação da RMNR no caso dos empregados que trabalham em regimes e ou condições especiais. "Disposição cuja interpretação leva a considerar que valores pagos em razão de trabalho noturno ou periculoso também devem ser considerados para fins de apuração da respectiva complementação", concluiu. Entendimento mantido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas) quando do julgamento de recurso do trabalhador.
No entanto, ao julgar novo recurso do empregado, a Sexta Turma do TST ressaltou que o artigo 7º da Constituição, XXIII, garante o adicional de remuneração para atividades perigosas, insalubres e em jornada extraordinária. Trata-se, assim, "no âmbito dos direitos fundamentais, de situação diferenciada de trabalho para a qual se impõem tratamento distinto, ou seja, veta-se à mesma medida de proteção".
Para o ministro Augusto César, relator, a interpretação estrita da norma coletiva não pode negar eficácia, "por sinuosa via", a todos os direitos oriundos de condições especiais de trabalho "assegurados em norma de hierarquia superior". Com esse entendimento, a Turma deu provimento ao recuso do empregado e determinou a exclusão do adicional de periculosidade dos cálculos da RMNR."
 
 

Governo vai aumentar indenização de elétricas (Fonte: O Estado de S. Paulo)

"O governo federal vai aumentar em R$ 870,3 milhões o valor total das indenizações que serão pagas às empresas do setor elétrico que vão renovar, antecipadamente, as concessões que vencem entre 2015 e 2017. A decisão foi tomada depois que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) identificou, no início da semana, erro no cálculo sobre o que deveria ser repassado para a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) por conta dos investimentos feitos em uma de suas usinas.
A revisão das indenizações foi fechada ontem. Os novos valores foram publicados no site do Ministério de Minas e Energia e constarão de uma portaria conjunta, assinada pelos ministros Edison Lobão (Minas e Energia) e Guido Mantega (Fazenda). Ao todo, foram revistos os valores das indenizações de dez hidrelétricas pertencentes a oito empresas..."


Íntegra disponível em: https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/11/30/governo-vai-aumentar-indenizacao-de-eletricas

14º Encontro de Delegados do SERJUSMIG é destaque no Programa “Segurança e Cidadania” (Fonte: SERJUSMIG)


"Nesse domingo, 25/11/2012, uma cobertura parcial do “14º Encontro de Delegados do SERJUSMIG” foi o destaque do programa “Segurança e Cidadania”, produzido pelo Sindicato dos Servidores da Policia Civil de Minas Gerais (Sindpol-MG), e exibido na TV Band. A edição, que foi ao ar entre 9h15 e 9h45 da manhã, exibiu entrevistas com alguns dos palestrantes que participaram do evento, sendo eles: o Mestre em Direito das Relações Sociais pela Universidade Federal do Paraná (UFPR); advogado trabalhista e consultor legislativo de entidades sindicais; diretor para Assuntos Legislativos da Associação Latino-Americana dos Advogados Laboralistas (ALAL), Dr. Maximiliano Nagl Garcez (explanou sobre “A terceirização no Judiciário como forma de precarização laboral”); a Advogada recém-contratada do SERJUSMG; mestranda em Direito Administrativo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); integrante da Comissão de Direito Sindical da Ordem dos Advogados do Brasil – Sessão Minas Gerais (OAB/MG), Sarah Campos; e o Coordenador-Geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal em Minas Gerais (Sitraemg), Hebe-Del Kader Bicalho (que, juntos, abordaram o tema “A Greve no Serviço Público”). E, também, do 2º Vice-Presidente do SERJUSMIG, Rui Viana. 
A participação do SERJUSMIG no “Segurança e Cidadania” faz parte de uma nova parceria que firmamos com o Sindpol-MG (parceiro antigo em muitas outras lutas), visando a ter um novo instrumento de comunicação com a população mineira. O programa é exibido sempre aos domingos, a partir das 9h15, na Band Minas. Então, companheiros(as), fiquem atentos! E, por favor, ajudem-nos a divulgar e a aperfeiçoar nossa comunicação. Acompanhem e participem com opiniões, sugestões e afins (pelos emails imprensa@serjusmig.org.br e/ou comunicacao@serjusmig.org.br).
(Incluída em 26/11/2012 às 14:38)"

Governo estuda desonerar mais empresas de serviços (Fonte: Valor)


"Novos segmentos do setor de serviços, como o comércio varejista, poderão fazer parte da lista de novos setores beneficiados pela chamada desoneração da folha de pagamentos, a troca da contribuição previdenciária por uma alíquota de imposto sobre o faturamento. Segundo o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, o governo estuda estender a medida a outros setores, além dos 40 até agora beneficiados. No setor de serviços, já têm desoneração os hotéis, call-centers e fornecedores de tecnologia de informação e comunicação.
Segundo apurou o Valor, o ministério do Turismo pediu à equipe econômica a inclusão do setor de parques temáticos e atrações turísticas e estuda pedir a inclusão dos setores de alimentação fora do lar e agências de viagem
"Há pedidos (para desoneração de folha) do setor de serviços, do comércio varejista", comentou Pimentel, ao sair do 1º Simpósio Brasileiro de Políticas Públicas para Comércio e Serviços, promovido pelo ministério. A decisão final dependerá da aprovação do Ministério da Fazenda.
Ao discursar no simpósio, Pimentel defendeu o comércio como inspirador de inovações necessárias para a indústria. "É o consumidor que orienta o produto que será lançado daqui a quatro ou cinco anos", disse. "No atendimento ao consumidor, daí vai sair a necessidade da inovação." Uma maior comunicação entre os setores industrial e de serviços pode trazer maior competitividade aos produtos brasileiros, defendeu o ministro, que ressaltou a importância adquirida pelo Brasil como mercado para importantes produtores de bens de consumo.
"Em todos os produtos de consumo, o Brasil está em primeiro, segundo, terceiro ou quarto lugar no mundo", disse Pimentel. "Isso motivou a emergência de um mercado de serviços com toda a força." Pimentel listou produtos, como automóvel e geladeira, em que o Brasil é o quarto maior mercado, palmilhas de sapato (terceiro) e até grampos de cabelo, em que é o segundo. "Se pegarmos empresa por empresa, vamos ver, que para elas, o Brasil é às vezes seu primeiro mercado", disse o ministro, citando "um executivo da Volkswagen " que lhe disse ter o Brasil como um dos principais mercados, só menor que a China, e outro "de uma grande empresa de higiene pessoal", também tem o mercado brasileiro como o segundo maior em consumo de seus produtos."

Extraído de https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/11/30/governo-estuda-desonerar-mais-empresas-de-servicos

Planalto cede a elétricas (Fonte: Correio Braziliense)


"Para garantir redução de tarifas, o governo eleva indenizações para empresas do setor. Transmissoras terão mais R$ 10 bilhões.
O governo recuou diante da pressão das empresas do setor elétrico e anunciou ontem a elevação do valor das indenizações que serão pagas pelos investimentos não amortizados, num esforço de última hora para obter apoio das companhias ao plano de renovação antecipada de concessões que vencem entre 2015 e 2017. No caso das geradoras, o aumento será de R$ 870 milhões em relação ao montante inicial de R$ 20 bilhões. Para as transmissoras, às quais haviam sido oferecidos R$ 13 bilhões, o acréscimo será bem mais substancial e pode chegar a R$ 10 bilhões num prazo de 30 anos.
Com essa decisão, o Palácio do Planalto acredita que conseguirá levar adiante o projeto de conseguir uma redução média de 20% nos preços da energia elétrica, a partir de janeiro, conforme prevê a Medida Provisória 579, editada em setembro. Do adicional que será pago às geradoras, a maior parte, R$ 752,2 milhões, irá para a Usina Três Irmãos, da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). A indenização da empresa passará de R$ 985 milhões para R$1,74 bilhão.
De acordo com o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmerman, a revisão dos valores foi feita depois que se constatou erro na metodologia usada. "No caso de Três Irmãos, o valor fixado anteriormente considerou que a usina havia entrado em operação cerca de dez anos antes da data correta", explicou. Já os R$ 10 bilhões adicionais oferecidos às empresas de transmissão servem "como um incentivo para que as companhias adiram ao plano de concessões", disse Zimmermann..."

Íntegra disponível em https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/11/30/planalto-cede-a-eletricas

Governo eleva indenizações em R$ 870 milhões (Fonte: Valor)


"O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Mareio Zimmermann, anunciou ontem que o governo decidiu voltar atrás e considerar a depreciação para os ativos de transmissão concedidos antes do ano 2000. A Medida Provisória 579/2012, que estabeleceu as regras para a renovação das concessões do setor elétrico, não havia concedido nenhuma indenização às concessionárias por esses ativos.
Zimmermann também afirmou que o governo revisou parte das indenizações propostas com a renovação dos contratos de concessão que vencem entre 2015 e 2017.0 valor total das indenizações havia totalizado certa de R$ 20 bilhões. Com a revisão dos cálculos, houve aumento da ordem de R$ 870,350 milhões.
A medida será formalizada com a publicação de portaria ministerial assinada pelos ministros Edison Lobão, das Minas e Energia, e Guido Mantega, da Fazenda.
Sobre o cálculo envolvendo as linhas de transmissão construídas antes de 2000, o governo espera, com a medida, convencê-las a prorrogar os contratos.
"Em termos de valores, ainda não sabemos, mas isso tem um impacto muito significativo na forma de incentivo para que as empresas que continuassem trabalhando na transmissão", afirmou Zimmermann. O benefício será dado, ao longo dos próximos 30 anos, às empresas de transmissão que aceitarem renovar os contratos.
"Havíamos alertado que, se tivesse algum erro na aplicação da metodologia prevista na Medida Provisória 579, o ministério iria revistar e alterar", disse Zimmermann, a respeito da decisão do governo de elevar as indenizações pagas às concessionárias.
"Estes valores não serão pagos à vista", informou o secretário do Tesouro Nacional, Amo Augustin. Ele disse que os valores apurados serão corrigidos com "fatores de ajuste" para pagamento ao longo do novo prazo de concessão.
A revisão mais representativa foi a da usina Três Irmãos, da Cesp. Nela, o percentual de depreciação dos ativos foi reduzido de 70,7% para 47,22%. Com isso, o valor de indenização da usina foi elevado de R$ 985,691 milhões para R$ 1,737 bilhão..."

Íntegra disponível em https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/11/30/governo-eleva-indenizacoes-em-r-870-milhoes

Mais RS 11 bi ao setor elétrico (Fonte: O Globo)


"Cálculo de depreciação será revisto. Transmissoras terão maior ajusteBRASÍLIA e SÃO PAULO O governo cedeu às pressões do mercado e deve aumentar entre R$ 10 bilhões e R$ 11 bilhões o valor das indenizações a serem pagas para empresas de geração e transmissão de energia elétrica, na tentativa de obter uma adesão total das companhias à proposta de renovação das concessões a vencer até 2015. O valor anunciado anteriormente, de R$ 20 bilhões, pode superar R$ 30 bilhões, segundo os novos cálculos anunciados ontem no começo da noite pelo Ministério de Minas e Energia (MME). As empresas têm até terça-feira para dizer se aderem ou não à renovação das concessões nos termos da medida provisória (MP) 579. Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a adesão se tornou um "alto negócio" para as empresas. O governo espera adesão total, inclusive das empresas paulistas e da Cemig, para assegurar a previsão de queda média de 20,2% das tarifas, a partir de fevereiro.
Ontem, os ministérios de Minas e Energia e da Fazenda divulgaram portaria que eleva em R$ 870 milhões o pagamento de indenização a dez usinas geradoras de energia, sendo que R$ 752 milhões referem-se apenas à usina de Três Irmãos, da Centrais Elétricas de São Paulo (Cesp), por conta de um recálculo da data de início de operação de uma máquina cujo investimento não fora depreciado. Até mesmo a Eletrobras apresentou recurso administrativo ao governo e teve valores de indenização revistos em usinas de Chesf e Furnas.
Espera-se Adesão da cemig
O aumento maior na indenização será dado às empresas de transmissão, que terão o valor revisto em algo entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões até 2030. A quantia original era de R$ 12,9 bilhões. Esses incentivos serão dados por meio de uma nova MP, publicada hoje, complementar à MP 579, que já tramita no Congresso.
- A contribuição do Tesouro Nacional, inicialmente prevista em R$ 3,3 bilhões, poderá ser maior ou menor, dependendo da adesão ao sistema - disse Arno Augustin, secretário do Tesouro. - Se necessário, esses R$ 3,3 bilhões serão alterados a R$ 3,4 bilhões, R$ 3,5 bilhões ou até para menos, para R$ 3,2 bilhões ou R$ 3,1 bilhões..."

Integra disponível em https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/11/30/mais-rs-11-bi-ao-setor-eletrico-1

Novo fator previdenciário beneficia futuro aposentado (Fonte: O Estado de S.Paulo)


"Atualização do cálculo do fator previdenciário foi favorável aos futuros aposentados do INSS pela primeira vez em 10 anos.
A nova tabela do fator previdenciário ficou favorável aos futuros aposentados do INSS pela primeira vez em dez anos. Embora a expectativa de vida do brasileiro ao nascer tenha aumentado para 74,08 anos em 2011, a esperança de sobrevida para quem tem mais de 55 anos diminuiu, devido a um ajuste na metodologia de cálculo das Tábuas Completas de Mortalidade. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As estatísticas sobre a esperança de vida dos brasileiros são usadas pelo Ministério da Previdência Social como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. Com a incorporação das informações (do Censo Demográfico e Estatísticas do Registro Civil de 2010, as informações sobre óbitos ficaram mais precisas. Com isso foi possível eliminar do cálculo um ajuste que era adotado para as faixas etárias mais adiantadas.
"É o caso típico da melhoria da informação. Então (a pesquisa) não precisa mais lançar mão de correções. É de se esperar que os óbitos sejam mais bem registrados, porque há questões de pensão, algum bem a herdar. E houve aumento na formalização. Os dados estão mais precisos", explicou Juarez de Castro Oliveira, gerente na Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE.
De acordo com as tábuas, um adulto de 60 anos teria, em média, mais 21,4 anos de vida em 2010. Com a revisão, o número passou agora para 21,1 anos de vida. Em 2011, a expectativa de sobrevida ficou em 21,2 anos.
Tanto para os homens quanto para as mulheres que pretendem se aposentar, a nova tabela foi benéfica. Normalmente ela traz uma piora, mas, dessa vez, ; melhorou para os homens e para as mulheres ficou praticamente igual", contou o advogado Theodoro Vicente Agostinho, coordenador do Instituto Brasileiro de Estudos Previdenciários (IBEP) e da Comissão de Seguridade da OAB-SP..."

Íntegra disponível em https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/11/30/novo-fator-previdenciario-beneficia-futuro-aposentado

Seminário discute perspectivas e desafios da classe trabalhado (Fonte: Sinttel-DF)


"As perspectivas e desafios da classe trabalhadora na sociedade, na economia, no Poder Judiciário e no Parlamento foi o tema do seminário organizado pelo escritório Advocacia Garcez na terça e na quarta-feira (27 e 28/11), em Brasília. Para o debate foram convidados federações, parlamentares, especialistas e sindicatos de trabalhadores em telecomunicações, bancários, água e saneamento básico, comerciários, eletricitários e organismos internacionais. Os diretores Lula Torres e Geraldo Coan representaram o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do DF (Sinttel-DF) e a Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações (Fittel), respectivamente.
Na sua intervenção Lula Torres afirmou que um dos grandes desafios para os trabalhadores em telecomunicações é o Projeto de Lei 4330 que regulamenta o trabalho terceirizado no país. “Se esse projeto do deputado Sandro Mabel for aprovado, ao invés de a gente avançar nas conquistas e direitos trabalhistas, ele vai precarizar ainda mais o trabalho terceirizado, prejudicando os trabalhadores”, disse Lula. Geraldo Coan explicou que a categoria tem participado ativamente das audiências públicas no Congresso Nacional e dos fóruns da sociedade civil para demonstrar sua insatisfação com o projeto.
De acordo com o coordenador da Advocacia Garcez e diretor de Assuntos Legislativos da Associação Latino-americana de Advogados Laboralistas (ALAL), Maximiliano Garcez, o seminário serviu para viabilizar a troca de experiências, preocupações e práticas bem-sucedidas de combate à terceirização e precarização com a participação de especialistas do direito e sindicalistas de várias regiões do país. O espaço está à disposição do movimento sindical e da sociedade civil para a realização de eventos."

Fator previdenciário muda para melhor pela primeira vez na história (Fonte: Folha de São Paulo)


"Pela primeira vez desde quando entrou em vigor, em dezembro de 1999, o fator previdenciário, índice aplicado no cálculo das aposentadorias, irá mudar para melhor.
O índice varia de acordo com a idade do segurado, seu tempo de contribuição e a expectativa de sobrevida da população, calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Expectativa de vida do brasileiro sobe para 74 anos, diz IBGE
Por maior que seja o salário, valor do benefício no INSS frustra contribuinte
Saiba como a aposentadoria pode mudar
Idade mínima pode valer para novos trabalhadores
Todos os anos, o instituto faz uma estimativa dessa expectativa. Como na nova tábua do fator, que será usada nos benefícios concedidos a partir de sábado (1º), foram incorporados os dados do Censo de 2010 --e, portanto, mais reais--, houve uma ligeira correção.
Segundo cálculos de Newton Conde, da Conde Consultoria Atuarial, no período de 41 a 80 anos a expectativa de sobrevida teve redução média de 83 dias, o que provocou um ganho de 0,31% --também em média-- nas aposentadorias.
No ano passado, houve redução média de 0,42% no valor do benefício.
Clique aqui para ver a nova tabela.
EXEMPLOS
Um homem com 35 anos de contribuição e 55 de idade, com média salarial de R$ 1.000, terá um benefício de R$ 716,93 com o novo fator. Na tabela antiga, válida até amanhã --a nova entra em vigor no dia 1º de dezembro--, o valor é de R$ 714,09. A diferença, para esse exemplo, é de 0,40%..."

Integra disponível em http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1193171-fator-previdenciario-muda-para-melhor-pela-primeira-vez-na-historia.shtml

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Comissão da MP da intervenção no setor elétrico apresenta relatório nesta terça (Fonte: Senado Federal)


"A comissão mista encarregada de examinar a medida provisória que disciplina a intervenção em concessões de energia elétrica (MP 577/2012) apresentará relatório em audiência agendada para as 14h30 desta terça-feira (27). A medida, publicada em 30 de agosto deste ano, determina que o poder concedente, por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), poderá intervir no serviço de concessão de energia elétrica pelo prazo de um ano, prorrogável a critério da agência, através de um interventor remunerado com recursos da concessionária.
Segundo o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, a medida atende a necessidade de garantir a continuidade da prestação do serviço de energia elétrica. Com base na MP, em 31 de agosto a Aneel determinou a intervenção administrativa em oito concessionárias do grupo Rede Energia que operam nos estados de Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. O endividamento das concessionárias, colocando em risco a prestação adequada do serviço, foi o que motivou a decisão da agência.
A MP 577/2012 recebeu 88 emendas de deputados e senadores. O senador Francisco Dornelles (PP-RJ), em pronunciamento no dia 20, questionou a constitucionalidade da medida provisória por prever a possibilidade de executivos das concessionárias de energia elétrica terem seus bens tornados indisponíveis nos casos previstos no texto. Por sua vez, o relator da medida provisória, senador Romero Jucá (PMDB-RR), em audiência em 6 de novembro, classificou a proposta como oportuna, mas admitiu que alguns pontos precisavam de revisão.
A MP 577/2012 tramita quase simultaneamente com a MP 579/2012, que reduz as tarifas de energia elétrica e permite a renovação antecipada de concessões. A comissão mista encarregada de votar inicialmente a MP 579/2012, na semana passada, adiou a leitura do relatório final, a cargo do senador Renan Calheiros (PMDB-AL)."

Extraído de http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2012/11/26/comissao-da-mp-da-intervencao-no-setor-eletrico-apresenta-relatorio-nesta-terca

Sinait participa de audiência pública sobre precarização, terceirização e o Simples Trabalhista na CDH do Senado (Fonte: SINAIT)


"O Sinait foi representado na audiência pública pelo Auditor-Fiscal do Trabalho Marcelo Campos. Ao final, a presidente do Sinait leu a Carta de Salvador, que aponta a terceirização e a flexibilização de direitos como alguns dos motivos pelos quais a proteção ao trabalhador está em risco no Brasil.
Nesta terça-feira, 27, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa – CDH do Senado realizou audiência pública para debater “A precarização dos direitos dos trabalhadores, a terceirização e o Simples Trabalhista”. Os expositores apresentaram argumentos contundentes sobre a chaga que ameaça os trabalhadores brasileiros por meio das imposições das novas relações de trabalho, que fragilizam e tiram direitos de trabalhadores. 
 Para o Auditor-Fiscal do Trabalho Marcelo Gonçalves Campos, que representou o Sinait,  a terceirização no Brasil não se apresenta no campo real, no chão da fábrica, mas de maneira conceitual, que não representa as  verdadeiras relações de trabalho. “Uma coisa é o conceito e a outra é a prática”. Para ele, “a terceirização não nos aproxima da precarização. É muito mais do que isso. A precarização é mais um surrupiamento dos direitos dos trabalhadores”. A terceirização, em sua visão, “é sinônimo de retirada de direitos dos trabalhadores e precarização das relações de trabalho de uma maneira descabida”.
 O Auditor-Fiscal alertou ainda para o fato de que a terceirização é uma visão, de parte de alguns setores, que data de mais de 300 anos, que vê o trabalhador não como um cidadão, um sujeito de direitos, e “sim, como um mero insumo do processo produtivo, e como tal, não se deve dispensar a ele um mínimo de cuidado”. Segundo ele, “no entendimento do produtor, o trabalhador é um produto muito caro, o que significa exatamente os direitos trabalhistas, que podem ser surrupiados por meio da terceirização”. 
Marcelo falou também que os Auditores-Fiscais do Trabalho, no dia a dia da fiscalização, sabem identificar claramente o que é atividade fim e o que é atividade meio em cada atividade. Portanto, esse é um falso dilema difundido pelos empregadores. Elogiou a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho que, em sua opinião, já fixa os limites da terceirização nas relações de trabalho.
 Precarização
Daniela Varandas, vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho – ANPT, criticou o fato de tramitar no Congresso Nacional uma série de projetos de lei de cunho nitidamente precarizante. “Todos formulados com o intuito de reduzir os encargos e custos inerentes à folha de pagamento das empresas”. Segundo a Procuradora, as propostas em discussão trazem uma grande preocupação para  o Ministério Público do Trabalho “sob a pretensa justificativa de redução dos custos, tais preposições legislativas, muitas vezes inconstitucionais, trazem incontáveis prejuízos a toda uma gama de trabalhadores, cortando-lhes direitos históricos, caracterizando um verdadeiro retrocesso social”. 
Visão patronal
José Américo Leite Filho, diretor da Federação Brasileira de Telecomunicações – Febratel,  defendeu a terceirização e a flexibilização com o argumento de que o setor terceirizado é uma fonte de serviço especializado e a chave para o combate do trabalho informal. “A terceirização é a chave para o combate do trabalho precarizado”.
 A posição do Diap
O argumento apresentado por José Américo Filho foi refutado ferozmente por Hélio Gherardi, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar - Diap, que afirmou que nenhum país prepara o trabalhador para as modificações que o setor patronal faz. “Simplesmente jogam os trabalhadores à deriva”. Segundo Gherardi, “a terceirização aumentou e o setor patronal utiliza parâmetros externos que hoje não são aceitáveis em função do desemprego que assola os Estados Unidos e a Europa”. 
Hélio Gherardi argumentou também que a qualificação é algo que está desaparecendo. Falou ainda que “não conseguir definir a atividade-fim é a nova desculpa do setor patronal”. Para ele, “precarização e terceirização estão, infelizmente, se transformando em sinônimo”.
 Legislação
Maximiliano Garcez, membro da Associação Latinoamericana de Advogados Laboristas – Alal, afirmou que a terceirização no Brasil, na maior parte dos casos, é considerada um aluguel de pessoas. Acredita que o Projeto de Lei 4.330/2004 foi formulado para destruir o movimento sindical no Brasil. Segundo ele, a terceirização reduziu 801 mil vagas em 2010; a remuneração caiu em 27%; houve redução de investimentos em prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Além disso, denunciou que os acidentes de trabalho ocorrem em grande parte com trabalhadores de pequenas empresas contratadas. “Estatísticas oficiais de acidentes de trabalho são mascaradas no ramo de atividades terceirizadas porque os acidentes com trabalhadores informais não entram nas pesquisas”.
 José Augusto da Silva Filho, diretor da Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho – Fenatest, registrou que em função das condições inadequadas de trabalho, em cada dez trabalhadores acidentados no Brasil, oito são terceirizados.       
Paulo Luiz Schmidt, vice-presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho – Anamatra, assegurou que 2013 será um ano de agenda grave no Congresso Nacional porque “muitos projetos que podem prejudicar os trabalhadores serão colocados em pauta, uma vez que o ano seguinte será eleitoral e ninguém quer votar medidas impopulares”. Segundo ele, “a terceirização como está sendo discutida, pela ótica do poder econômico, visa jogar pelo ralo os direitos dos trabalhadores terceirizados, porque no caso de desassistidos, eles não têm como recorrer por falta de vínculo normativo”. 
Joílson Antônio Cardoso, secretário de Políticas e Relações Institucionais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB, esclareceu que o país precisa de normas legais que impeçam os desvios verificados no mercado de contratações terceirizadas, além de afirmar que a terceirização no setor público é um escândalo. “São vários postos de trabalho que poderiam estar com empregados formais com um custo bem menor do que o atual, os quais são administrados por empresas privadas, que terceirizam esses trabalhadores”.  Disse que a CTB ouve com preocupação depoimentos de representantes do Tribunal Superior do Trabalho – TST que afirmam que a terceirização é irreversível. “Não podemos aceitar calados esse tipo de comentário, que significa um retrocesso para o segmento laboral”. 
Vera Lêda Ferreira de Morais, presidente da Nova Central dos Trabalhadores do Distrito Federal, denunciou, durante sua apresentação, que há várias formas de terceirização, dentre elas a modalidade de corretagem da vaga de emprego. “É um crime invisível em que, para manter o emprego, o trabalhador precisa pagar mensalmente uma parte do salário para o atravessador”. De acordo com Vera de Morais, a entidade está fazendo denúncias e pretende acionar o Ministério Público do Trabalho e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB com o objetivo de realizar uma campanha para informar os trabalhadores sobre a importância de denunciar esse tipo de crime. “É um crime implantado na terceirização e ocasiona gravíssimo dano à saúde e segurança do trabalhador”. 
Luís Carlos Prates, representante da CSP-Conlutas, garantiu que a flexibilização virou moda no Congresso Nacional. “Tramitam vários projetos na Casa, que tratam de flexibilização com a desculpa de que o mundo vive uma crise mundial”. Segundo ele, sempre que há um problema econômico quem paga a conta é o trabalhador com a perda dos seus direitos. “O patronato não quer assumir essa conta e repassa para os empregados, por meio da flexibilização, da perda de direitos e conquistas,  e conseqüentemente, o pagamento desta dívida”.  Afirmou ainda que a Conlutas quer acabar com a terceirização. “Nós não queremos qualquer forma de terceirização, ela apenas prejudica e tira direitos de trabalhadores”.
 Carta de Salvador
Ao final das exposições, o presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT/RS), agradeceu a presença de todos e abriu a palavra para a presidente do Sinait, Rosângela Rassy, que leu a Carta de Salvador, elaborada no 30º Encontro Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho – Enafit, que aconteceu semana passada em Salvador (BA). A Carta procura responder à pergunta que foi tema do Encontro: “Por que a proteção ao trabalhador está em risco?”. Uma das respostas é a precarização das relações de trabalho, por meio da flexibilização das leis e da terceirização que fragiliza o trabalhador.
 Os diretores do Sinait Tânia Maria Tavares (PB) e Orlando Vila Nova (PA) acompanharam a audiência pública no Senado."

Extraído de http://www.sinait.org.br/noticias_ver.php?id=6525

Terceirização ‘rouba’ direitos dos trabalhadores, afirmam especialistas e sindicatos (Fonte: Senado Federal)

"Em relação a um empregado efetivo, o trabalhador terceirizado ganha até 50% menos, enfrenta jornada mais longa e em condições piores, está mais sujeito a acidente de trabalho e não tem assegurados muitos dos direitos trabalhistas previstos na legislação brasileira.
Essa relação direta entre terceirização e precarização nas relações de trabalho foi confirmada por advogados trabalhistas e por representantes do Ministério Público, dos auditores fiscais do Trabalho e de centrais sindicais, em debate nesta terça-feira (27), na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Inserida no processo de transformações no mundo do trabalho, a terceirização teria como função dar maior agilidade produtiva e competitividade às empresas, as quais, ao invés de manterem quadros para todas as funções, contratariam prestadoras de serviços para realizar suas atividades meio.
No entanto, os especialistas ouvidos na CDH dizem que a prática da terceirização no Brasil tem servido para reduzir custos e aumentar lucros das empresas, à custa de redução salarial e desobrigação quanto a direitos trabalhistas.
– Uma coisa são os conceitos e outra coisa é a prática. A terceirização é a principal ferramenta de precarização no mercado de trabalho brasileiro, de surrupiamento dos direitos dos trabalhadores – afirmou Marcelo Campos, diretor do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho.
Calote
Um problema recorrente nesse tipo de contratação, conforme Helio Gherardi, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), é o descumprimento de obrigações trabalhistas pelas empresas terceirizadas, ao final dos contratos.
– Os trabalhadores têm carteira assinada pela empresa terceirizada, que assim que termina o contrato, desaparece. Eles entram com processos, procuram os donos, que não são encontrados, porque são de estados diferentes – frisou.
Para a maioria dos participantes do debate, a responsabilidade pelo trabalhador não deve ser apenas da prestadora de serviço que o contratou, mas deve ser partilhada pela empresa que contratou os serviços.
– Manter a responsabilidade subsidiária e não a responsabilidade solidária remonta há dois mil e doze anos atrás, transformando a tomadora de serviços em verdadeiro Pôncio Pilatos, lavando as mãos em relação aos direitos dos trabalhadores – disse Gherardi.
Único representante dos empregadores no debate, José Américo Leite Filho, diretor da Federação Brasileira de Telecomunicações (Febratel), discorda. Para ele, é a prestadora que contrata o trabalhador, devendo ela assumir todas as responsabilidades trabalhistas.
Marco legal
Em sua apresentação aos senadores, José Américo defendeu projetos de lei que tramitam no Congresso com o propósito de definir um marco legal para a prestação de serviços no país, como o PL 4330/2004 e o PL 951/2011, ambos em exame na Câmara.
– Os projetos devem oferecer segurança jurídica para que possamos atrair investimentos cada vez maiores no setor de serviços, pois é esse setor que vai gerar os empregos no futuro – afirmou o diretor da Febratel.
Em sentido oposto, Daniela Varandas, vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, manifestou preocupação com novas normas contidas nesses projetos de lei.
– Sob a pretensa justificativa de redução de custos, essas proposições legislativas trazem grande retrocesso, pois buscam diminuir direitos históricos dos trabalhadores – disse, ao criticar o PL 4330/2004 por permitir a terceirização nas atividades fim da empresa.
Também o PL 951/2011, chamado de Simples Trabalhista, foi criticado pela maioria dos debatedores. Para Helio Gherardi, por exemplo, o projeto de lei “aniquila” com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Para o auditor fiscal Marcelo Campos, o Simples Trabalhista vai na contramão de proposições com a PEC 478/2010, que amplia direitos aos empregados domésticos, aprovada em primeiro turno pela Câmara dos Deputados esta semana.
De acordo com Vera Lêda de Morais, presidente da Nova Central do Distrito Federal, e Joilson Antônio Cardoso, secretário de Políticas e Relações Institucionais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o país precisa de normas legais que impeçam os desvios verificados no mercado de contratações terceirizadas.
– Com a terceirização está surgindo uma modalidade de “corretagem” no mercado de trabalho, que é a comercialização de vagas de emprego – disse Vera Lêda, ao denunciar cobrança ilegal feita ao trabalhador que disputa um posto de trabalho nas empresas de prestação de serviços no DF.
Acidentes
Estatísticas referentes a acidentes de trabalho confirmam as condições inadequadas enfrentadas pelos terceirizados, conforme José Augusto da Silva Filho, diretor da Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho (Fenatest). Ele informa que, de cada dez trabalhadores acidentados no Brasil, oito são terceirizados.
A falta de proteção ao prestador de serviço também foi confirmada por Maximiliano Garcez, membro da Associação Latinoamericana de Advogados Laboristas.
– No setor elétrico, a taxa de mortalidade entre terceirizados é de 47,5 a cada 100 mil trabalhadores, enquanto dos trabalhadores diretos é de 14,8, ou seja, a taxa de mortalidade dos terceirizados no setor é 3,21 vezes maior – frisou.
Para Garcez, a terceirização transforma o trabalhador em mercadoria, “que se pode alugar, vender e, quando não se quer mais, jogar fora."

Extraído de http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2012/11/27/terceirizacao-2018rouba2019-direitos-dos-trabalhadores-afirmam-especialistas-e-sindicatos

TST multa grupo Canhedo por recurso protelatório (Fonte: TST)

"O Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho negou provimento a recurso da Agropecuária Vale do Araguaia Ltda, do Grupo Canhedo, que apresentou inúmeras e infundadas petições perante o TST, com o nítido objetivo de opor-se injustificadamente ao bom andamento do processo.
Mesmo após concluída a execução nos autos de ação trabalhista, a Vale do Araguaia apresentou várias petições indevidas no TST, desprovidas dos requisitos essenciais de admissibilidade. Também interpôs recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, a fim de "lutar por suas razões". No entanto, o seguimento do recurso foi negado pela ausência de repercussão geral da matéria.
Inconformada com a decisão, a empresa interpôs Agravo perante o Órgão Especial do TST. A relatora do recurso, ministra Maria Cristina Peduzzi (foto), negou provimento ao recurso, pois o considerou manifestamente infundado. Para ela, a atitude da Vale do Araguaia de apresentar o expediente evidenciou sua "resistência injustificada ao andamento do processo", e consequente trânsito em julgado da decisão.
A ministra mencionou entendimento da SDI-1 que afirma que a interposição de recurso manifestamente incabível ou desprovido de requisitos formais essenciais não suspende o prazo para a interposição de outros recursos, "devendo os autos baixar à origem imediatamente após a publicação do acordão, a fim de impedir qualquer outro expediente protelatório", concluiu.
Além de negar provimento ao recurso, a ministra ainda aplicou multa no valor de R$ 10 mil pela interposição de agravo manifestamente inadmissível ou infundado, nos termos do artigo 557, § 2º, do CPC.
A decisão foi unânime para negar provimento ao agravo, impor multa, bem como determinar a baixa dos autos imediatamente após a publicação do acordão."