“Autor(es): Ivo Ribeiro | De Ipatinga |
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Com suas ações entre as mais castigadas pelos investidores na bolsa, a Usiminas busca reverter a visão pessimista do mercado sobre suas potencialidades, afetadas pelos magros resultados. Ontem, pouco antes de inaugurar uma nova unidades industrial, que custou quase R$ 1 bilhão, a empresa anunciou que traçou uma meta ambiciosa para cumprir até 2015 - alcançar valor de mercado de R$ 50 bilhões, mais de uma vez os R$ 20 bilhões de hoje. A direção da empresa quer ainda obter Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 8,3 bilhões, o triplo de 2010. "É uma aspiração, um sonho traçados pela companhia, levado aos acionistas", afirmou Wilson Brumer, presidente da Usiminas há um ano, depois de passar pela presidência do conselho. "Para isso, depois de discussões internas, criamos uma espécie de bússola, que será o nosso norte", disse. O desafio da empresa é consolidar um plano de investimento, iniciado em 2008, que somará no período pelo menos R$ 10,5 bilhões. "Vamos buscar parcerias e definimos que faremos tudo com muita disciplina financeira", afirmou o executivo. Segundo ele, a dívida bruta não poderá ser três vezes o Ebitda e a dívida líquida terá de ficar entre uma e duas vezes. Hoje, é de uma vez. Um dos pilares dessa estratégia será o pesado investimento a ser feito em minério de ferro, matéria-prima do aço cujos preços subiram às alturas nos últimos anos e não sinaliza perspectiva de ficar abaixo de US$ 100 a tonelada no longo prazo. Para atingir a meta de produzir 29 milhões de toneladas a partir de 2015, a empresa terá de investir R$ 4,1 bilhões. Além disso, para agregar valor ao minério, estuda uma pelotizadora de 7 milhões de toneladas ao custo de US$ 1 bilhão. Para esse projeto, a ser definido em breve, buscará um sócio estratégico. A mineração deverá contribuir com quase metade do Ebitda previsto para 2015. As margens na mineração ficam acima de 60%, enquanto na siderurgia tem ficado abaixo de 20%. No primeiro trimestre, a da Usiminas foi 4%. Anteontem, esse plano foi definido em reunião do conselho de administração da empresa na sede em Belo Horizonte. Brumer reconhece que os resultados da empresa não tem sido bons: teve Ebitda de R$ 330 milhões no primeiro trimestre e lucro líquido de apenas R$ 16 milhões. A aposta será na redução de custos e na agregação de valor de seus produtos. A empresa quer atingir a autosuficiência em energia até 2015, com investimentos em termelétricas (aproveitando gases das duas usinas - Ipatinga e Cubatão) e investimento em outras fontes do insumo. "Hoje, com consumo de 500 MW, temos um "gap" de 400, pois só gera 100 MW. Se nada fizermos, essa diferença irá para 600 MW". Com a autosuficiência, a economia será de R$ 350 milhões ao ano. Em aço, a empresa tem plano de investimento em curso de R$ 4,7 bilhões, iniciados com projetos de coqueria e de chapas grossas com tecnologia para extração de petróleo no pré-sal, inaugurados em 2010. A nova linha de aço galvanizado, apta a fazer 550 mil toneladas ao ano, foi inaugurada ontem. É a segunda da parceria com a Nippon Steel, dona da tecnologia, totalizando um 1 milhão de toneladas ao ano. Em janeiro de 2012, na antiga Cosipa será inaugura investimento de R$ 2,5 bilhões em laminadora que irá substituir outra de 60 anos. Com isso, a empresa espera recuperar mercados perdidos na última década nos setores de linha branca, construção civil e automotivo. "A meta é recuperar nossas participações", afirmou Sérgio Leite, vice-presidente de negócios.” Siga-nos no Twitter: www.twitter.com/AdvocaciaGarcez Cadastre-se para receber a newsletter da Advocacia Garcez em nosso site: http://www.advocaciagarcez.adv.br |
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quinta-feira, 19 de maio de 2011
“Usiminas almeja valer R$ 50 bilhões em 2015” (Fonte: Valor Econômico)
quarta-feira, 27 de abril de 2011
“Usiminas pode questionar no Cade participação da CSN” (Fonte: Valor Econômico)
“Autor(es): Denise Carvalho e Graziella Valenti | De São Paulo |
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A Usiminas estuda levar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) uma representação em que deve manifestar preocupação sobre o avanço da CSN no capital total da companhia mineira. O objetivo da Usiminas seria questionar o risco de concentração no segmento de aços planos - utilizados na fabricação das partes externas de automóveis e de eletrodomésticos - caso a CSN se torne um sócio com direito a representante no conselho de administração e, portanto, com participação nas decisões estratégicas da companhia. Juntas, estima-se que as duas siderúrgicas ultrapassam 65% do segmento de aços planos. Usiminas é a maior fabricante desse material na América Latina e é dona de 40% do mercado brasileiro. A CSN detém entre 25% e 30% do segmento. De acordo com pessoas ligadas à Usiminas, a preocupação da companhia está fundamentada no movimento consistente de compras de ações que a CSN vem fazendo desde o fim de janeiro. Naquele mês, a empresa confirmou ter feito aquisições em bolsa e já deter 5,03% das ações ordinárias (ON, com direito a voto) e 4,99% das preferenciais (PN) da Usiminas. No dia 17 de abril, a CSN tinha 8,6% das ON. Dia 18, a participação já somava 9,45%. Na véspera do feriado, a companhia, comandada pelo empresário Benjamin Steinbruch, avisou ao mercado que já detinha 10% das ON da Usiminas, além de 5,25% das preferenciais, o que resulta em 7,62% do capital total. Procurada pelo Valor, a Usiminas negou, por meio da assessoria de imprensa, que estuda apresentar qualquer ação no Cade. A CSN não comentou o assunto. Para advogados especializados em concorrência, a autarquia tem dado sinais de que deve avaliar com mais rigor as participações cruzadas das empresas em companhias concorrentes. Em outubro de 2010, por exemplo, o Cade vetou a compra de ativos de concreto da Cimento Tupi pela Polimix. Pela decisão, que foi unânime, os ativos da empresa, adquiridos há cerca de três anos, teriam de ser devolvidos. Pesou no veto o fato de o grupo Votorantim deter 25% da Polimix. O órgão antitruste concluiu que grandes grupos fabricantes de cimento no Brasil vêm adquirindo participações minoritárias em dezenas de concreteiras de menor porte, prejudicando a concorrência no setor. A atuação da CSN na Usiminas hoje é limitada à posição de minoritário. Ou seja, a empresa não participa da administração e dos rumos siderúrgica mineira. Mas sua intensidade na gestão da Usiminas aumentaria consideravelmente se ocupasse um assento no conselho de administração. Apesar de a ocupação de uma vaga ser almejada pela CSN - conforme sinalizou o executivo da empresa Paulo Penido Marques, diretor-executivo e de relações com investidores em conferência com analistas sobre os resultados do balanço no começo do ano - tal objetivo não é tão simples de ser alcançado. O próprio presidente da Usiminas, Wilson Brumer, não acredita que a CSN terá direito, no curto prazo, a um assento no conselho de administração da siderúrgica. "É uma decisão estratégica, uma decisão de investimento da CSN e que não cabe a nós, como executivos, discutir [a compra das ações]. Se ela vai ou não ter condições de colocar um membro no conselho de administração da companhia, certamente a assembleia de acionistas é que vai decidir", disse ele, em evento realizado ontem no Palácio Guanabara, sede do governo do Estado do Rio de Janeiro. "Não temos nenhuma eleição de conselho de administração nos próximos dias. Só temos [reunião para decidir o] mandato de conselho no ano que vem." A Lei das Sociedades por Ações garante que, com essa participação atual, a CSN pode solicitar que a eleição do conselho seja por voto múltiplo. Esse procedimento só pode ocorrer, entretanto, na assembleia geral anual ou no caso de renúncia de um conselheiro e necessidade de eleição de uma nova composição. O mais provável, portanto, é que esse direito só possa ser exercido pela CSN em 2012. Para tanto, porém, é preciso que a CSN permaneça como acionista até lá, tornando a aplicação um investimento de longo prazo. Ou, ainda, se a CSN adquirir a fatia de um dos acionistas do bloco de controle, como Votorantim, Camargo Corrêa e Caixa dos Empregados da Usiminas. (Colaborou Rafael Rosas, do Rio)” Siga-nos no Twitter: www.twitter.com/AdvocaciaGarcez Cadastre-se para receber a newsletter da Advocacia Garcez em nosso site: http://www.advocaciagarcez.adv.br |
quarta-feira, 20 de abril de 2011
“CSN propõe medida que rejeitou na Usiminas” (Fonte: Valor Econômico)
“Autor(es): Fernando Torres e Eduardo Laguna | De São Paulo |
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A diretoria da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) propõe para votação dos seus acionistas, em assembleia, a mesma medida que, na condição de investidora, rejeitou na semana passada para a Usiminas. A CSN pretendia ter votado essa mudança em assembleia extraordinária marcada para ontem, mas não foi atingido o quórum mínimo legal. Assim, foi feita uma segunda convocação, com o encontro de acionistas marcado para o dia 29 de abril. Entre as diversas mudanças propostas para o estatuto social da CSN está a exclusão do artigo 8º, que prevê que o reembolso aos acionistas, nos casos previstos em lei, seja feito pelo valor econômico da companhia. A legislação estabelece que os acionistas podem devolver suas ações à empresa, em troca de dinheiro, nos casos de cisão, incorporação, aquisição relevante, mudança de objetivo social, entre outros. Conforme a lei, o montante mínimo a ser pago como reembolso deve ser o valor patrimonial da ação, que resulta da divisão do patrimônio líquido pelo número de papéis emitidos. Na maioria dos casos, esse valor é inferior à cotação das ações na bolsa, o que torna raros os casos em que esse direito é exercido por minoritários. Algumas empresas, entretanto, preveem em seus estatutos que o reembolso seja pelo valor econômico, que costuma ser mais próximo do preço de mercado e às vezes até superior. Na proposta que apresenta aos acionistas, a CSN justifica a decisão de excluir esse artigo como adequação "às práticas de mercado". Entretanto, conforme publicado pelo Valor nesta semana, a siderúrgica controlada por Benjamin Steinbruch teria votado contra proposta semelhante apresentada pela Usiminas a seus acionistas. Uma diferença entre os dois casos é que a CSN possui apenas ações ordinárias, com direito a voto e venda conjunta em caso de alienação de controle, enquanto a Usiminas emite ações ordinárias e preferenciais. Essas últimas não dão esses direitos. Além do valor de reembolso, a CSN também propõe a mudança da sua sede social do Rio de Janeiro para a capital paulista, onde já está sua base administrativa, instalada na avenida Brigadeiro Faria Lima. A companhia acredita que poderá melhorar a eficiência e obter sinergias administrativas a partir dessa mudança. Essa não é a primeira vez que a CSN tenta levar a sede para São Paulo. Em agosto de 2009, a companhia chegou a convocar uma assembleia de acionistas para analisar o tema, mas acabou adiando a proposta da votação. Naquela ocasião, segundo fontes, o governador do Rio, Sérgio Cabral, teria procurado os diretores da empresa para demovê-los da ideia. No fim das contas, a mudança de sede foi retirada da pauta da assembleia. Entre as propostas atuais de mudança no estatuto aparece também a criação de reserva para capital de giro e investimentos "com vista a garantir a manutenção e o desenvolvimento das atividades da CSN". No caso, o conselho de administração poderá propor à assembleia de acionistas o uso de uma parcela de "pelo menos 1% do lucro líquido para a constituição da reserva - desde que não prejudique a distribuição do dividendo mínimo obrigatório". Com essa nova reserva, que não poderá superar o valor do capital social, a empresa terá mais um local para acomodar os recursos que continuarão a engordar seu patrimônio. Atualmente a conta de reserva de lucros soma R$ 6,1 bilhões, enquanto o capital social é de R$ 1,68 bilhão. Outra proposta levada à assembleia é a previsão de que, em caso de ofertas públicas de ações ou debêntures conversíveis, será possível, a critério do conselho de administração, excluir o direito de preferência dos antigos acionistas na subscrição. Isso dá agilidade às operações. Procurada, a assessoria de imprensa da CSN não foi localizada.” |
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segunda-feira, 18 de abril de 2011
“CSN pretende ir à CVM contra Usiminas” (Fonte: Valor Econômico)
“Autor(es): Denise Carvalho | De São Paulo A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) votou contra a proposta da Usiminas que altera o valor de reembolso a acionistas, aprovada em assembleia realizada na quinta-feira, segundo apurou o Valor. Agora, como foi derrotada na votação, a companhia estuda apresentar reclamação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contra a Usiminas, por entender que os controladores da empresa não podiam votar na mudança estatutária por existir conflito de interesse. Pela nova regra, a Usiminas passará a usar o patrimônio contábil, no lugar de valor apurado por peritos, para pagar investidores que quiserem vender suas ações. Para o mercado, a mudança facilita a entrada do grupo Gerdau no bloco de controle da companhia mineira. Segundo fontes que estavam presentes na assembleia, a CSN também fracassou na tentativa de indicar um representante para o conselho fiscal. Dona de 8,6% das ações ordinárias (ON) e de 5% das preferenciais (PN) da Usiminas, a CSN não conseguiu se articular com outros acionistas para fazer a nomeação. Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) e os fundos de investimentos Lazard Asset Management e Black Rock são alguns dos minoritários que detêm ações da siderúrgica mineira. A indicação para o conselho fiscal foi feita pelo BNDES: a economista Heloísa Regina Guimarães de Menezes como titular e o economista Victor Guilherme Tito como suplente. Procurada pela reportagem, a CSN não comentou o assunto. Trata-se de um duplo revés para a CSN, controlada pelo empresário Benjamin Steinbruch, que vem tentando comprar ações da Usiminas para conseguir ao menos um assento no conselho de administração e participar das decisões estratégicas da companhia. No fim de janeiro, a CSN confirmou ao mercado ter feito aquisições em bolsa e já deter 4,99% das PN e 5,03% das ON da Usiminas. Hoje, a CSN já detém 8,6% das ações com direito a voto. Segundo fontes próximas da CSN, o empresário Steinbruch foi às compras quando teria descoberto, no fim de 2010, que a Gerdau estava em negociações com os grupos Votorantim e Camargo Corrêa para comprar suas respectivas participações. Steinbruch quer impedir que a Gerdau se torne o maior grupo siderúrgico do Brasil, ampliando o tamanho em relação à CSN, diz um executivo próximo da CSN. O voto da CSN na assembleia vinha sendo bastante aguardado pelo mercado porque indicaria o quanto Steinbruch teria avançado nas suas intenções. O voto contrário revelaria, portanto, que Steinbruch não chegou a um acordo com os acionistas do bloco de controle da Usiminas - Nippon Steel, Votorantim, Camargo Corrêa e Caixa dos Empregados da siderúrgica - para ingressar no grupo. Por essa razão, minoritários ouvidos pelo Valor interpretam que a proposta de modificação no estatuto pode ter sido uma condição do grupo Gerdau para entrar na Usiminas. A alteração do critério do reembolso para patrimônio contábil diminui o valor total de desembolso a ser pago pela Usiminas aos acionistas que exercerem a retirada. O direito de recesso é garantido pela legislação em alguns casos específicos, como cisão e mudança na composição do bloco de controle das empresas. Procurada, a Gerdau comentou, por meio da assessoria de imprensa, que os rumores são improcedentes. A Usiminas não se manifestou.” |
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