quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Enfrentamento não será possível sem esquerda unida, afirma líder do PCdoB (Fonte: RBA)

"São Paulo – Diante de uma "nova ordem", de perfil conservador, a esquerda precisa de unir em torno de um programa politico mínimo como condição ao enfrentamento, diz o presidente da Fundação Maurício Grabois, ligada ao PCdoB, Renato Rabelo. O mais importante, afirma, é que todas as entidades "do campo popular, progressista, patriótico, a esquerda, compreendam que é preciso juntar forças", afirmou, durante debate realizado ontem à noite pela fundação, na região central de São Paulo. Para o ex-presidente do partido, é preciso ter "palavras de ordem mais amplas, para juntar mais gente". "Temos de ir para uma repactuação política, senão a gente fica falando no abstrato."

Segundo ele, essa reorganização deve priorizar a produção e o trabalho – não pode ser apenas distributivo ou considerar individualmente as categorias profissionais, mas sustentado em um novo projeto nacional de desenvolvimento, que preveja reformas política, da mídia, tributária e do sistema financeiro. "Sem isso, não tem saída. Vamos ficar no mesmo lugar", afirma Rabelo.

Na avaliação do dirigente comunista, a população começa a se dar conta do "engodo" que representa o governo Temer. "É possível crescer um anseio de resgate da soberania popular, através de uma eleição direta. Isso pode vir, diante desse quadro de agravamento da crise", afirmou.

Em reunião no último dia 11, a Comissão Política Nacional do PCdoB aprovou resolução em que defende o fortalecimento da Frente Brasil Popular, que terá plenária nacional em 7 e 8 de dezembro, em Belo Horizonte. "Recai agora sobre a Frente Brasil Popular a tarefa de alargar as forças de resistência, envolver novos agentes sociais e políticos interessados na luta democrática e ampliar o diálogo e mobilização do povo", diz o documento.

Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, o impeachment representou "um golpe do capital contra o trabalhador. Ele citou a exclusão do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, que se reuniu ontem pela primeira vez na gestão Temer, de entidades como a própria CTB, CUT, UNE e CNBB. "Esse governo tem lado, serve aos interesses do grande capital, sobretudo ao rentismo."..."

Fonte: RBA

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