terça-feira, 8 de novembro de 2011

Trabalhadores do Comperj param e petroleiros decidem entrar em greve (Fonte: O Globo)

"Os trabalhadores de quatro consórcios que estão executando as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, fizeram uma paralisação ontem e podem entrar em greve por tempo indeterminado a partir de hoje. O movimento dos consórcios TEAG, QGGI, SPE e Alusa exige equiparação salarial com os trabalhadores que exercem as mesmas funções na região.Pelo menos 5 mil operários fizeram movimento por equiparação salarial
A Petrobras confirmou que a paralisação atingiu os trabalhadores dos quatro consórcios no Comperj. Segundo a companhia, dos 14 mil trabalhadores, cerca de 5 mil são das quatro empresas. Já o presidente do sindicato disse que teriam parado cerca de oito mil operários. A estatal disse que não houve impacto no andamento das obras.
No mesmo dia, os trabalhadores da Petrobras decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, com parada e controle de produção, a partir do dia 16, de acordo a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
No caso do Comperj, a categoria decidirá se paralisa as atividades em assembleia hoje às 7h, na entrada do canteiro de obras. Uma greve poderá afetar o cronograma do Comperj, a maior obra em execução da Petrobras no país.
O presidente do Sindicato dos trabalhadores da construção civil em Itaboraí e região, Manoel Vaz, disse que o movimento quer, além da equiparação salarial, o não pagamento de 25% do valor das consultas médicas no plano de saúde. As empresas, diz Vaz, prometem iniciar as negociações, mas para implementar medidas somente em fevereiro, data-base da categoria.
Já a FUP informou que os trabalhadores da Petrobras rejeitaram, em assembleias, contraproposta apresentada pela empresa no dia 31 de outubro. "Nas sete rodadas de negociação, a empresa desprezou as principais reivindicações sociais da categoria, principalmente no que diz respeito à saúde e segurança", afirma a FUP na nota.
Além de 10% de reajuste real, os petroleiros reivindicam reforço na política de segurança, aumento no total de trabalhadores, melhoria nos benefícios e igualdade de direitos para trabalhadores terceirizados. A Petrobras, segundo nota, propõe reajuste de 9% e gratificação de 90%, além de avanços em itens como plano de saúde e previdência e condições de saúde e segurança."

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