quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Experiência brasileira na promoção do acesso aos serviços de energia é apontada como exemplo positivo em fórum da ONU (Fonte: Assessoria de Comunicação de Itaipu)

"Nova Iorque - Sem acesso a serviços de energia, não há como viabilizar as Metas do Milênio. A declaração resume a mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, dirigida aos cerca de 300 participantes do Fórum do Setor Privado 2011, promovido pelas Nações Unidas nesta terça-feira (20), em Nova Iorque. O evento contou com a participação de representantes de governo, empresas e sociedade civil. Entre eles, o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, e o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek.
Ban Ki-Moon antecipou que a energia será um dos elementos-chave de seu pronunciamento desta quarta-feira (21), na Assembleia Geral da ONU – que será aberta pela primeira vez por uma mulher, a presidenta Dilma Rousseff. “Precisamos colocar a energia como um dos temas do topo da agenda internacional”, afirmou o secretário-geral. “Energia é um tema transversal, que passa por todos os aspectos de nossas vidas”, acrescentou.
Nesta semana, em Nova Iorque, a ONU e o Pacto Global deram o pontapé inicial para um novo programa, denominado Energia Sustentável para Todos, que tem como meta universalizar os serviços de energia até 2030, bem como melhorar a eficiência do setor em 40% e aumentar a participação de fontes renováveis em 30%, nesse mesmo período. A ideia é ter um plano de ação definido até a Conferência Rio+20, em junho do ano que vem. Para isso, sete grupos de trabalho vão formatar propostas em torno de temas como financiamento, parcerias público-privadas, comunicação, agenda global e iniciativas locais, entre outros.
O presidente da Eletrobras e o diretor-geral da Itaipu participaram do debate apresentando a experiência brasileira. Nesta terça-feira, no Fórum Privado, eles tiveram a oportunidade de debater com representantes dos mais diversos países qual deve ser o papel de governos e instituições privadas na promoção de um ambiente favorável para um plano tão ambicioso como o de universalizar a energia nos próximos 20 anos.
“É extremamente positivo que a ONU tenha colocado a energia no centro do debate global da busca pela sustentabilidade. Isso também sinaliza a importância que o sistema Eletrobras terá na Rio+20”, afirmou José da Costa, que fez uma defesa da hidreletricidade na Amazônia, em debate com autoridades internacionais, mostrando o avanço das tecnologias, as boas práticas socioambientais, o intenso processo de negociação e as formas de mitigação dos novos projetos.
Muitos dos participantes apontaram o Brasil como um exemplo positivo no combate à miséria e na promoção do acesso aos serviços de eletricidade, e questionaram os representantes brasileiros sobre como essas políticas foram construídas e executadas. Para o diretor-geral da Itaipu, a questão da universalização da energia passa pela distribuição de renda. “Não há como resolver apenas a questão do acesso a esses serviços. É preciso ter um ambiente favorável para o crescimento econômico, aliado à distribuição de renda e à boa governança”, afirmou Samek.
O evento também contou com a participação do ex-governador da Califórnia (EUA), Arnold Schwarzenegger, que apresentou a experiência do seu governo na promoção de energias renováveis e na melhoria da eficiência energética, com projetos realizados em parcerias público-privadas. “O setor privado foi essencial para o sucesso desses projetos que hoje fazem parte dos programas da administração Obama, mostrando como iniciativas regionais podem influenciar políticas nacionais”, afirmou.
Foto do presidente da Eletrobras, José da Costa, junto com o diretor-geral de Itaipu, Jorge Samek, durante o Fórum do Setor Privado 2011, em Nova Iorque
Presidente da Eletrobras, José da Costa (à esquerda),
e o diretor-geral de Itaipu, Jorge Samek, durante o
Fórum do Setor Privado 2011, em Nova Iorque

Nenhum comentário:

Postar um comentário