"Do total de 1,92 milhão de postos de trabalho criados entre janeiro e outubro de 2011, 44,8% derivaram do setor de serviços, segundo levantamento da Confederação Nacional de Serviços (CNS), com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego. No mesmo período, o comércio criou 25,4% das vagas e a indústria, 17,2%.
Os serviços respondem atualmente por 54% do mercado de trabalho brasileiro, empregando 24,8 milhões de trabalhadores. Nos 12 meses encerrados em outubro de 2011, o segmento de serviços financeiros foi o que contabilizou maior crescimento no número de empregados (5,9%), seguido pelo de serviços privados não financeiros, com aumento de 5,6%. Essa última categoria inclui serviços prestados às famílias (restaurantes, cabeleireiros e escolas infantis), serviços de informação (telefonia, internet, TV a cabo, jornais e revistas), serviços prestados às empresas (advocacia, contabilidade e engenharia), serviços de transportes (incluindo os ferroviários, rodoviários, aéreos, aquaviários, dutoviários, armazenamento e correio), além de outros serviços privados não financeiros.
A expectativa da CNS é de que o setor continue sendo, nos próximos meses, o maior gerador de postos de trabalho no país. "Serviços vai continuar contratando mais que os outros setores devido ao crescimento do mercado interno", afirma o presidente da entidade, Luigi Nese.
Com o mercado de trabalho aquecido, os salários nos serviços privados não financeiros vêm subindo consistentemente acima da inflação. Em 2010, o aumento médio foi de 11,2%, enquanto o IPCA teve elevação de 5,91%. Em 2011, a expectativa é que o indicador apresente alta em torno de 6,5%, variação inferior aos 11,6% de reajuste nos salários dos trabalhadores do setor de serviços."
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